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Luiza Trajano e outras personalidades assinam manifesto exigindo retirada do apoio brasileiro à petição sul-africana contra Israel

Documento argumenta que a maioria dos brasileiros não acredita que Israel tenha objetivo de perpetuar genocídio.
Luiza Trajano e outras personalidades assinam manifesto exigindo retirada do apoio brasileiro à petição sul-africana contra IsraelGettyimages.ru / NurPhoto

Nos últimos dias, está crescendo o número de assinaturas favoráveis a uma petição exigindo que o Governo brasileiro reconsidere o seu apoio à ação que acusa Israel de praticar genocídio contra os habitantes da Faixa de Gaza.

A denúncia, protocolada pela África do Sul, está sendo discutida na Corte Internacional de Justiça, e conta com o apoio do Governo brasileiro desde o dia 10 de janeiro. 

"Ao apoiar o pedido da África do Sul, o Brasil pode inadvertidamente reforçar uma visão distorcida dos eventos, simplificando uma realidade complexa", lê-se no abaixo-assinado. "Instamos, portanto, uma reconsideração desse apoio e a adoção de uma abordagem justa e equilibrada".

Publicado no dia 16 de janeiro, o documento conta com 18.853 assinaturas no momento de confecção deste artigo. Dentre os apoiadores, incluem-se figuras como Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, e diversos representantes do empresariado brasileiro, tal qual Luiza Trajano.

Observadores políticos debateram sobre a presença de Trajano, ao passo que desde o ano passado, a comandante da Magazine Luiza foi empossada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável.

A petição não é a primeira vez em que segmentos do debate público materializam descontentamento com a decisão do Governo Federal. Para Celso Lafer, que foi ministro das Relações Exteriores durante os mandatos de Fernando Collor e FHC, a decisão sul-africana "reforça o antissemitismo". "Está em discutível sintonia com os que almejam minar o direito à existência de Israel, que é uma explícita intenção da estratégia e da conduta do Hamas, de seus apoiadores e simpatizantes", escreve.