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Maduro afirma que a CIA e a DEA estão preparando ações de golpe contra a Venezuela a partir da Colômbia

O presidente alegou que agentes de inteligência do exército colombiano também estavam envolvidos na conspiração.
Maduro afirma que a CIA e a DEA estão preparando ações de golpe contra a Venezuela a partir da ColômbiaAP / Ariana Cubillos

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira que os Estados Unidos, em colaboração com a ultradireita venezuelana, estão preparando um ataque golpista contra ele a partir do território colombiano.

Segundo o presidente, as bases da Agência Central de Inteligência (CIA) e da Drug Enforcement Administration (DEA) que os EUA têm na Colômbia, juntamente com "agentes de inteligência do exército" de Bogotá, "dirigem, financiam e preparam" uma série de "ações violentas, terroristas, golpistas e anticonstitucionais contra a Venezuela".

No entanto, ele deixou claro que não acredita que seu colega norte-americano, Joe Biden, "esteja envolvido nisso".

Durante um ato oficial com seus ministros, transmitido pela Venezolana de Televisión, Maduro conclamou todo o povo venezuelano à "máxima mobilização popular" para combater o que ele descreveu como "conspiração e intervencionismo" no país. Ele também parabenizou a comunidade do estado de Barinas por ter saído às ruas nesse dia para "rejeitar com força as conspirações que afetam a tranquilidade da Venezuela".

O Ministério Público da Venezuela anunciou na quarta-feira a prisão de um cidadão chamado Víctor Venegas, supostamente envolvido no desenvolvimento de atividades contra a paz no país latino-americano. A entidade alega que Venegas fazia parte de um grupo que pretendia transformar o estado ocidental em um epicentro de ações violentas.

Na defensiva

No evento de quinta-feira, Maduro anunciou a ativação do 'Plano de Fúria Bolivariana' em todo o país para defender a nação de "qualquer tentativa terrorista em qualquer dia, em qualquer madrugada, não importa como ela se apresente".

"Não tenho dúvidas de que as alternativas terroristas e de surpresa que eles poderiam adotar dariam origem ao surgimento de um poderoso movimento popular e radicalizariam a revolução a níveis insuspeitados. Não tenho dúvidas de que a reação do povo, em união cívico-militar-policial, seria avassaladora, seria pulverizada do ponto de vista político e nos obrigaria a radicalizá-la em todas as frentes de batalha nacional e internacionalmente, mas nós queremos a paz perpétua", disse o presidente.

Nicolás Maduro também informou que ordenou que o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e o comandante estratégico operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), Domingo Hernández Lárez, permaneçam em alerta permanente. "A ordem está dada. Vigilância máxima, unidade máxima e preparados para qualquer agressão interna ou externa", disse ele.

Além disso, o chefe de Estado afirmou que este ano o Poder Eleitoral convocará eleições presidenciais. "Com ou sem conspirações, a Venezuela irá às eleições presidenciais e o povo terá uma nova vitória rumo a 2030", assegurou.