Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai começa com expectativas da admissão de Belarus como membro
A cúpula de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), com a participação da maioria dos líderes de seus Estados-membros, incluindo o presidente russo Vladimir Putin, começou em Astana, capital do Cazaquistão, nesta quarta-feira.
A cúpula é organizada por Kasym Zhomart Tokayev, presidente do Cazaquistão, país que preside atualmente a OCX, que também inclui Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, China, Uzbequistão, Índia, Irã e Paquistão.
Putin já chegou a Astana e deve realizar pelo menos sete reuniões bilaterais com seus homólogos estrangeiros, incluindo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, o presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, e o presidente interino do Irã, Mohammad Mokhber. Putin já se reuniu com o presidente da Mongólia, Ukhnaagiin Khürelsükh. A agenda principal da cúpula da OCX está programada para 4 de julho, com a sessão de hoje dedicada a conversas bilaterais entre os chefes de Estado.
Espera-se que o principal resultado prático da reunião seja a admissão de Belarus na organização. Além disso, a cúpula pedirá à comunidade mundial que adote um "novo paradigma de segurança".
Além disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os líderes de vários países parceiros (incluindo, por exemplo, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan) foram convidados para a cúpula.
Anteriormente, Alexander Lukashenko, cujo país ainda tem status de observador, elogiou a OCX pelo fato de seus membros terem "uma conversa igualitária" e observou que "todos aqueles que estão cansados da hegemonia dos EUA olham para essa estrutura com respeito".
A OCX foi criada em 15 de junho de 2001, em Xangai, em uma reunião dos chefes de Estado da China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão. A Índia e o Paquistão tornaram-se membros plenos da organização em 2017, e o Irã em 2023. Embora não seja um bloco militar, o principal objetivo da organização é fortalecer a segurança na região.