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Em novo embate com seu antecessor, Lula acusa Bolsonaro de ter comprado votos na última eleição

O presidente brasileiro, em uma entrevista, também se referiu ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, como "agressivo e mentiroso".
Em novo embate com seu antecessor, Lula acusa Bolsonaro de ter comprado votos na última eleiçãoYoutube/@Lula

Nesta terça-feira, em entrevista à rádio Sociedade, de Salvador, na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, gastou uma quantia significativa de 300 bilhões de reais para "permanecer na Presidência", inclusive recorrendo à compra de votos, mas "ainda assim foi derrotado". Lula afirmou que seu oponente não retornará ao cargo porque é necessário que "esse povo" desenvolva um apreço pela democracia.

"Eu na verdade fui candidato agora nas eleições porque eu tinha consciência que a única chance de derrotar o fascismo era eu. Nos últimos dois anos, 300 bilhões de reais foram usados na tentativa de não perder as eleições. Comprando voto, dando dinheiro para taxista, para motorista, distribuindo dinheiro para todo mundo. Fazendo isenção, fazendo desoneração. Perdeu. Perdeu as eleições e eu vou contar uma coisa para você, não volta mais", declarou Lula.

Durante a entrevista, o mandatário brasileiro comentou o debate entre Joe Biden e Donald Trump, e comparou Bolsonaro ao ex-presidente dos EUA, a quem rotulou como "agressivo e mentiroso".

"Possivelmente a aparição dele [Biden] no debate foi mais lenta do que o adversário, que é mais agressivo. Também mais agressivo, mas mais mentiroso. [Trump] era como o meu adversário, ele não tinha nenhum compromisso com nenhuma verdade. Qualquer bobabem, abria a boca, era como se fosse uma latrina, tá lá falando bobagem", disse o presidente.

Ao ser perguntado se tem receio de ser questionado por sua idade como Joe Biden tem sido questionado, Lula negou.

"Eu só 'seria' uma candidatura nova se não aparecer ninguém para derrotar o fascismo, para derrotar esse tipo de gente que tá pregando mentira, ódio, negacionismo.  Se não, nós temos que procurar um candidato jovem que possa ganhar as eleições, trabalhar. Eu, do ponto de vista da saúde, eu me sinto um menino", respondeu o mandatário.