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Maduro: "Milei pegou a motosserra e a passou no pescoço dos trabalhadores"
Para o mandatário venezuelano, a destruição do Estado proclamada por seu colega argentino foi prejudicial para as pessoas que estavam apostando na mudança.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, protagonizou um novo embate com seu homólogo argentino, Javier Milei, a quem acusou de ter pegado "a motosserra" para passá-la "no pescoço dos trabalhadores do Estado", em alusão aos custos sociais do programa de reforma econômica que a Administração do presidente autodeclarado libertário está promovendo.
"Os argentinos estão cansados. Eles queriam mudanças e apareceu um louco, um desconhecido (Milei), pegou uma motosserra e muitas pessoas ficaram cegas e votaram pela mudança. Mas a mudança foi para pior, porque agora estão destruindo o Estado, expulsando milhares de trabalhadores. Ele pegou a motosserra e a passou no pescoço dos trabalhadores da educação, da saúde, da ciência, da tecnologia, dos jornalistas, do Estado", disse o presidente na segunda-feira em seu programa Con Maduro+.
Assim, continuou, quando Milei declarou que "o Estado deve ser destruído", ele realmente quis dizer destruir os trabalhadores do setor público, tirar "direitos sociais", destruir "a economia" e entregar "o território da Argentina para bases militares gringas".
"Que indecência, que falta de decoro, que falta de honra, que falta de respeito por José de San Martín e pelos libertadores. A mudança foi para pior, eles deram um salto no vazio e agora os argentinos estão totalmente arrependidos de terem eleito alguém da direita, um desconhecido", acrescentou.
Para Maduro, o problema não está no fato de que a população anseia por mudanças e os Governos as implementam, mas nos propósitos que essas iniciativas perseguem. "Nós dizemos: mudanças e transformações? Sim, mas para melhor, para superar os problemas, para construir um país forte", ressaltou.