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Kiev não consegue repor suas perdas, mesmo com o recrutamento de prisioneiros, diz imprensa ocidental

As necessidades totais de recrutamento das tropas ucranianas são estimadas em 200.000 até o final de 2024, observa o Die Welt.
Kiev não consegue repor suas perdas, mesmo com o recrutamento de prisioneiros, diz imprensa ocidentalGettyimages.ru / Pablo Miranzo / Anadolu

A Ucrânia não pode esperar lançar operações ofensivas sem mais tropas, mas até mesmo o recrutamento de prisioneiros ficou insuficiente para as suas necessidades, informaram o The Wall Street Journal e o Die Welt na segunda-feira.

Um oficial de segurança ucraniano afirmou ao WSJ que Kiev conseguiu gerar forças suficientes para repor as perdas e algumas reservas, mas precisaria de várias vezes esse número para lançar qualquer tipo de grande ofensiva.

"Com pouca perspectiva de conseguir muito mais do que manter a linha de frente nos próximos meses, a Ucrânia está mirando a Crimeia com mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA", observa o veículo.

Enquanto isso, o Die Welt escreve, com referência a autoridades europeias, que Kiev esperava recrutar 50.000 novos combatentes para suas fileiras em três meses, mas, recentemente, "o país ficou muito aquém desses números". As necessidades totais de recrutamento da Ucrânia são estimadas em 200.000 até o final de 2024, observa o jornal.

Por sua vez, o coronel Markus Reisner, diretor do Instituto de Treinamento de Oficiais da Academia Militar Teresiana em Viena, estima que a necessidade de novos soldados é ainda maior, já que, desde 2022, o regime de Kiev perdeu muitos de seus funcionários experientes em combate.

"Além disso, muitos dos soldados restantes estão em más condições físicas e psicológicas porque o exército dificilmente pode se revezar", declarou, acrescentando que vários milhares de novos recrutas das prisões poderiam trazer alívio, mas não mudar fundamentalmente a situação.

Em maio, Vladimir Zelensky assinou uma lei que permite que as Forças Armadas da Ucrânia mobilizem determinadas categorias de prisioneiros. O documento não permite o recrutamento de prisioneiros condenados por assassinato intencional de duas ou mais pessoas, estupro, violência sexual, corrupção ou crimes contra os fundamentos da segurança nacional.