O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou nesta segunda-feira que decidiu aceitar a proposta dos Estados Unidos de retomar as conversações diretas para que os termos de um acordo assinado pelas partes no Catar, revelado em outubro passado, sejam cumpridas.
"Depois de pensar nisso por dois meses, aceitei e na próxima quarta-feira serão retomadas as conversas com o Governo dos Estados Unidos, para que se cumpram os acordos assinados no Catar e para restabelecer os termos do diálogo com respeito, sem manipulação, disse o presidente em seu programa Con Maduro+.
Além disso, o chefe de Estado venezuelano exigiu que as negociações "sejam públicas", argumentando que no passado Caracas e Washington conversaram secretamente, mas a Casa Branca vazou o conteúdo das conversas. "Eles tentam se favorecer para nos prejudicar e divulgam versões que não são verdadeiras", denunciou.
Embora Maduro não tenha especificado o local das reuniões, ele mencionou que a delegação venezuelana será chefiada pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, e pelo governador do estado de Miranda (centro), Héctor Rodríguez Castro.
"Quero superar esse conflito de soma zero, esse confronto brutal e estéril com eles, com o Norte", disse. O mandatário afirmou querer "diálogo", "entendimento" e "futuro" nas relações bilaterais com os EUA, "a partir da soberania e independência absolutas da Venezuela. A Venezuela deve ser respeitada".