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Governo colombiano e Segunda Marquetalia concordam com cessar-fogo unilateral

O grupo dissidente prometeu que seus membros não portariam armas ou uniformes nos centros das cidades e vilas, nem em terra ou vias fluviais.
Governo colombiano e Segunda Marquetalia concordam com cessar-fogo unilateralGettyimages.ru / Pedro Rances Mattey/Anadolu

A primeira rodada de negociações de paz entre o Governo da Colômbia e a Segunda Marquetalia, uma dissidência das antigas FARC, foi concluída no sábado em Caracas.

Segundo a declaração conjunta, as partes se comprometeram a definir protocolos de negociação para avançar no sentido de diminuir a escalada do conflito. "Neste primeiro ciclo, abordamos o funcionamento da mesa de negociações, o tratamento de controvérsias, a definição da data e do local do próximo ciclo e as medidas de desescalada antecipada", diz o documento assinado por ambas as partes.

O grupo dissidente, liderado pelo pseudônimo 'Iván Márquez', prometeu que seus membros não portariam armas ou uniformes nos centros das cidades e áreas urbanas, nem em terra ou vias fluviais. Também prometeu cessar-fogo unilateralmente e libertar todos os reféns mantidos por eles.

"O cessar-fogo unilateral da Segunda Marquetalia-EB (Exército Bolivariano) não implica a limitação dos poderes constitucionais e legais das forças de segurança", disse o comunicado.

A data de início do acordo não foi especificada, mas o protocolo de redução da escalada entrará em vigor após a emissão de um decreto presidencial "suspendendo as operações militares ofensivas" nas zonas acordadas. "Nas zonas de implementação das medidas abrangentes de desescalada, as condições de segurança serão fornecidas pelas forças de segurança", diz o texto.

Uma reunião será realizada no município de Tumaco, no departamento de Nariño, entre as duas partes, "o mais tardar em 20 de julho", para apresentar o acordo de "desescalada", bem como para definir um cronograma para a identificação de projetos sociais e econômicos.

As negociações contaram com a participação da Venezuela, Cuba e Noruega como países garantidores, bem como com a presença da ONU.