Espanha se une ao processo legal contra Israel por genocídio em Gaza

País europeu está tomando essa medida "motivado por sua responsabilidade" como Estado-parte da Convenção de 1948 e "busca contribuir para o retorno da paz a Gaza e ao Oriente Médio".

A Espanha apresentou formalmente uma declaração de intervenção para participar do processo contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por genocídio no âmbito do processo de aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza, informou o Ministério das Relações Exteriores espanhol.

"A Convenção reconhece que os Estados-partes da Convenção têm o direito de intervir neste tipo de processos e, com esta Declaração de Intervenção, a Espanha faz uso deste direito, como já fizeram outros Estados (Colômbia, México ou Palestina) e como farão outros que já anunciaram sua intenção de intervir (Irlanda, Bélgica ou Chile)", declarou a Chancelaria, destacando que Madri dá este passo em virtude do artigo 63 do Estatuto da Corte, já que o Estado é parte da Convenção de 1948.

De acordo com o comunicado oficial, a Espanha "procura contribuir para o retorno da paz a Gaza e ao Oriente Médio", com o objetivo de "pôr fim à guerra e começar a progredir na implementação dos dois Estados", que é "a única garantia para que a estabilidade seja alcançada em toda a região".

Assim, a Espanha se uniu a Cuba, Chile, Nicarágua, Colômbia, México, Turquia, Egito e Líbia, que expressaram seu pedido para se juntar à demanda da África do Sul.