Desemprego marca 7,1% e tem menor patamar desde 2014, diz pesquisa
O índice de desocupação no Brasil atingiu 7,1% no trimestre encerrado em maio de 2024, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento aponta que trata-se da menor taxa de desemprego para o período desde 2014, quando o percentual de desocupados também constituiu 7,1%.
O número de trabalhadores brasileiros empregados atingiu 101,3 milhões de pessoas, o que marcou o maior valor da série histórica do IBGE. Os índices representam um aumento de 3% (mais de 2,9 milhões de pessoas) em comparação com o mesmo período do ano passado.
"O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes", afirma a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
Os contingentes de pessoas ocupadas com carteira assinada (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também registraram os maiores números da série histórica.
Quanto ao rendimento médio real, o número no trimestre encerrado chegou a 3.181 reais e não trouxe variações significativas em comparação com o trimestre anterior. No entanto, ainda assim o valor de 5,6 % bateu recorde e se tornou o maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado (3.013 reais).
"Em 2020 havia rendimento elevado, mas com perda de população ocupada", indica Adriana, se referindo a consequências da pandemia que atingiram a economia brasileira e levaram ao corte de postos de trabalho de menor remuneração e informais.
Ao mesmo tempo, a massa de rendimentos, o que representa um total de renda que recebem os trabalhadores, também registrou um patamar recorde, totalizando 317,9 bilhões de reais.