O superintendente de instrução pública de Oklahoma, Ryan Walters, anunciou na quinta-feira uma nova medida de "conformidade imediata e rigorosa", que ordena que todas as escolas públicas do Estado ensinem aos alunos a Bíblia e os Dez Mandamentos.
"Todos os professores, todas as salas de aula do estado terão uma Bíblia na sala de aula e ensinarão a partir da Bíblia para garantir que esse entendimento histórico esteja lá para todos os alunos do estado de Oklahoma", disse o principal responsável pelo setor educacional durante uma reunião do conselho do Departamento de Educação.
O político chamou a Bíblia de um "documento histórico" que é indispensável para "dar uma compreensão completa da civilização ocidental", acrescentando ainda que o texto religioso também vai ajudar a compreender os elementos fundamentais do sistema jurídico dos EUA.
A decisão ocorreu uma semana após o estado de Louisiana ter se tornado o primeiro estado nos EUA a exigir que os "Dez Mandamentos" sejam afixados nas salas de aula. Por sua vez, Walters elogiou a nova lei aprovada pelo governador e afirmou que queria imitá-la.
Críticas
No entanto, a nova ordem gerou várias críticas por parte das organizações de direitos civis e de grupos que defendem a separação entre a Igreja e o Estado.
"Exigir uma Bíblia em cada sala de aula não melhora a classificação de Oklahoma de 49º lugar em educação", ponderou o deputado estadual Mickey Dollens em uma declaração. "O superintendente estadual deve se concentrar em educar os alunos, não em evangelizá-los", ressaltou.
Os críticos também afirmam que a nova decisão é inconstitucional. A Primeira Emenda da Constituição dos EUA garante a liberdade de religião e proíbe o Estado de patrocinar ou estabelecer qualquer religião em particular, defendem.