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Ministro hondurenho insta a América Latina a olhar para a China e a Rússia

"Não podemos ignorar as realidades que existem além do nosso próprio continente", declarou o Secretário de Planejamento Estratégico de Honduras, Ricardo Salgado.
Ministro hondurenho insta a América Latina a olhar para a China e a RússiaSputnik

Na opinião do secretário de Planejamento Estratégico de Honduras, Ricardo Salgado, os países da América Latina e do Caribe não podem "ignorar as realidades" que existem além do continente e, por isso, devem olhar para a China e a Rússia e superar a lógica imposta pelos EUA desde o século XIX com a Doutrina Monroe.

"Não podemos ignorar as realidades que existem além do nosso próprio continente, no qual, infelizmente, até desempenhamos um papel secundário, um papel de segunda categoria, porque eles [os EUA] se declararam nossos senhores em 1824", disse o funcionário na reunião dos coletivos sociais que compõem a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que será realizada até 29 de junho em Tegucigalpa.

Para Salgado, essas "realidades" têm "a China como seu representante mais visível", enquanto a Rússia seria um "ator crucial no mundo".

Para a reunião da Celac Social 2024, os participantes se reuniram na capital hondurenha com o objetivo de fazer com que "as políticas e os projetos de integração regional tenham uma abordagem inclusiva e participativa" e para garantir "que as vozes das comunidades mais vulneráveis e marginalizadas sejam ouvidas e levadas em consideração no processo de tomada de decisões", conforme explicado no site do evento.

Da mesma forma, terão destaque as reuniões do Fórum de São Paulo e do Grupo de Puebla, que estão sendo realizadas no contexto da comemoração do 15º aniversário da resistência popular contra o golpe de Estado que depôs o presidente Manuel Zelaya (2006-2009), e um dia depois de uma tentativa fracassada de sedição por parte dos militares bolivianos.