Notícias

Bolívia não descarta "interferência externa" em golpe de Estado fracassado

O ministro da Defesa, Edmundo Novillo, disse que seu país é rico em recursos naturais que são muito atrativos.
Bolívia não descarta "interferência externa" em golpe de Estado fracassadoCaptura de tela

A Bolívia não descarta a possibilidade de "interferência externa" na tentativa de golpe de Estado ocorrida na quarta-feira contra o Governo de Luis Arce.

"Não descartamos a possibilidade de interferência externa, não descartamos essa possibilidade", disse o ministro da Defesa da Bolívia, Edmundo Novillo, em declarações à RT.

Novillo explicou que a Bolívia é rica em recursos naturais, que são muito atraentes, e lembrou a pilhagem de suas riquezas no passado.

"Temos uma história negra de dominação imperialista, de pilhagem de nossos recursos naturais, deixando-nos na pobreza e eles tirando proveito da riqueza", enfatizou.

Ele garantiu que o país tem atualmente "um Governo patriota" que busca garantir que a exploração desses recursos produza resultados para o povo.

"Queremos que nossas riquezas, ou seja, sejam exploradas, industrializadas, agreguem valor ao nosso território e que os lucros sejam compartilhados com o povo boliviano, porque esse é o patrimônio do povo boliviano e essa riqueza também deve voltar a beneficiar o povo boliviano para seu bem-estar", manifestou.

A tentativa de golpe

Na tarde de quarta-feira, Arce denunciou "mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano" em La Paz.

Um grupo desses militares forçou a entrada no palácio presidencial, depois que um tanque derrubou a porta da sede do Executivo.

A tentativa de golpe foi liderada por Juan José Zúñiga, que nna véspera havia sido destituído de seu cargo de ex-comandante do Exército.

Em meio à situação tensa, Arce juramentou o novo alto comando militar. Depois disso, as tropas que haviam chegado à Praça Murillo, perto do Poder Executivo, se retiraram, assim que os novos comandantes ordenaram.

Após o fracasso dessa tentativa de romper a ordem democrática, pelo menos 17 militares e civis foram presos, inclusive Zúñiga.

O ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, informou que 12 pessoas também resultaram feridas por armas de fogo durante a situação.