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Lavrov: O Ocidente percebe que Zelensky "está cada vez mais agindo como agrada a si mesmo"

O ministro das Relações Exteriores da Rússia observou que os países ocidentais "admitiram seu erro" e estão tentando pressionar Kiev a ser mais "complacente".
Lavrov: O Ocidente percebe que Zelensky "está cada vez mais agindo como agrada a si mesmo"AP / Efrem Lukatsky

Os países ocidentais estão pressionando por eleições presidenciais na Ucrânia, mas o presidente do país, Vladimir Zelensky, está "cada vez mais agindo como lhe agrada", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em uma coletiva de imprensa na quinta-feira.

Questionado sobre possíveis eleições presidenciais na Ucrânia este ano, o principal diplomata disse que Moscou não estava "muito preocupado com a discussão sobre a vida política" do país vizinho.

"A questão das eleições surgiu, ouvimos que o Ocidente recomenda fortemente que [o presidente ucraniano Vladimir] Zelensky as realize, esperando, ao que parece, que as eleições e a própria votação tragam Zelensky um pouco para a corrente principal dos interesses do Ocidente, porque ele está cada vez mais agindo como agrada a si mesmo", afirmou.

No entanto, o presidente ucraniano se recusou a convocar eleições porque a lei marcial não permite que ele o faça, lembrou Lavrov. "Isso parece outra encenação e reflete apenas o desejo desse homem e de seus auxiliares [...] de se agarrar ao poder pelo maior tempo possível", disse ele.

"O Ocidente gostaria de ter mais flexibilidade, porque aparentemente eles perceberam que a tão divulgada 'Blitzkrieg' com o objetivo final de infligir uma derrota estratégica à Rússia é tudo uma ilusão", acrescentou. Enquanto isso, de acordo com Lavrov, a situação mudou drasticamente, principalmente nas mentes ocidentais, que "admitiram seu erro" e estão tentando pressionar Kiev a ser mais "complacente".

A Ucrânia deveria realizar eleições presidenciais na primavera, mas, de acordo com a constituição do país, a lei marcial impede que as pesquisas sejam convocadas. Por sua vez, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky declarou repetidamente que as eleições ocorrerão somente após o fim das hostilidades.