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China denuncia a inclusão de empresas chinesas na lista de sanções contra a Rússia pela UE

A lista de sanções impostas pelo Conselho Europeu inclui não apenas entidades da China, mas também as da Cazaquistão, Quirguistão, Turquia e Emirados Árabes.
China denuncia a inclusão de empresas chinesas na lista de sanções contra a Rússia pela UEGettyimages.ru / MicroStockHub

O gigante asiático se pronunciou sobre a recente decisão da União Europeia (UE) de adicionar empresas chinesas na lista do 14º pacote de sanções contra a Rússia, manifestando a sua insatisfação e declarando que elas "não têm base no direito internacional", informou na quarta-feira a agência Xinhua. 

Segundo o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, tal iniciativa da UE "vai contra o consenso alcançado pelos líderes da China e do bloco europeu", causando implicações negativas nas suas relações existentes.

"Essas sanções são unilaterais e constituem jurisdição de braço longo. Elas não têm base no direito internacional", ressaltou, acrescentando ainda que elas "não são autorizadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas".

O diplomata também assegurou que o país asiático vai proteger "resolutamente" os direitos e interesses legítimos das suas empresas, apelando que a UE pare de integrar as entidades chinesas na lista.

O 14º pacote adotado pela UE inclui restrições ao trânsito de gás natural liquefeito russo e acrescenta 116 indivíduos e empresas à lista, acusando-as de apoiar o complexo militar-industrial da Rússia por meio do fornecimento de bens e tecnologias de uso duplo.

Por sua vez, a porta-voz da Chancelaria russa informou recentemente que Moscou desenvolveu medidas de retaliação, enfatizando que era inútil esperar que Bruxelas aderisse às suas obrigações legais internacionais.