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Consumo de álcool e drogas mata mais de 3 milhões de pessoas por ano, alerta a OMS

Os níveis mais altos de consumo de álcool per capita foram registrados na Europa, com 9,2 litros, seguidos pelas Américas, com 7,5 litros.
Consumo de álcool e drogas mata mais de 3 milhões de pessoas por ano, alerta a OMSGettyimages.ru / ValentynVolkov

Mais de 3 milhões de pessoas morrem a cada ano devido ao uso de álcool e drogas, de acordo com um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado nesta terça-feira.

Segundo o documento, 2,6 milhões de mortes por ano são atribuídas ao uso de álcool, o que representa 4,7% de todas as mortes em todo o mundo, enquanto 0,6 milhão são devidas ao uso de drogas psicoativas. Quase três quartos dessas mortes ocorreram entre homens, sendo 2 milhões atribuídas ao álcool e 0,4 milhão às drogas.

"O uso de substâncias prejudica seriamente a saúde das pessoas, aumenta o risco de doenças crônicas e transtornos mentais e, tragicamente, causa milhões de mortes evitáveis todos os anos", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Tedros alertou que, embora tenha havido "alguma redução no consumo de álcool e nos danos relacionados globalmente desde 2010", o impacto social e na saúde do consumo de álcool permanece "inaceitavelmente alto" e afeta "desproporcionalmente" os jovens.

O relatório, que se baseia em estatísticas de 2019, as mais recentes disponíveis, observa que o álcool causa quase uma em cada 20 mortes no mundo todo a cada ano, por dirigir embriagado, violência e abuso induzidos pelo álcool e uma infinidade de doenças e distúrbios.

O consumo de álcool está associado a uma série de problemas de saúde, como cirrose hepática e alguns tipos de câncer. Ele também torna as pessoas mais suscetíveis a doenças infecciosas, como tuberculose, HIV e pneumonia, de acordo com o relatório.

Os níveis mais altos de consumo de álcool per capita foram registrados na Europa, com 9,2 litros, seguidos pelas Américas, com 7,5 litros. Enquanto isso, o consumo foi menor nos países predominantemente muçulmanos do norte da África, do Oriente Médio e da Ásia, acrescenta o texto.