O enviado da Casa Branca durante sua visita ao Líbano, Amos Hochstein, alertou as autoridades libanesas que "o Hezbollah está errado em pensar" que Washington poderia impedir a invasão israelense de seu país no caso de uma escalada, relata a Axios, com referência a autoridades americanas e israelenses, e um diplomata ocidental familiarizado com o assunto.
Hochstein chegou ao Líbano na semana passada vindo de Israel – onde conversou com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu – para se encontrar com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, entre outros funcionários de alto escalão.
Durante esta reunião em Beirute, o enviado de Biden, através de Berri, transmitiu uma mensagem ao secretário-geral da organização xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, dizendo que a sua sugestão de que Israel é controlado pelos EUA "é errada". Por isso, Washington não será capaz de deter o país judeu se a situação na fronteira libanesa-israelense continuar escalando, relata a mídia.
Hochstein acrescentou que o Hezbollah precisa negociar indiretamente com Israel ao invés de "aumentar as tensões". Em resposta, o Hezbollah, através de terceiros, enviou uma mensagem à Casa Branca afirmando que também não quer a guerra, mas está confiante de que pode prejudicar significativamente Israel se invadir o seu território, declarou um diplomata ocidental ao veículo.
- Em 23 de junho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que está prestes a terminar a intensa fase da operação militar na cidade palestina de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, e antecipou que o próximo objetivo do país judeu é enfrentar o Hezbollah na fronteira norte.
- Desde o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, na sequência do ataque do Hamas contra Israel, em 7 de Outubro de 2023, o movimento libanês Hezbollah tem entrado em confronto com Tel Aviv, na fronteira, em apoio ao enclave palestino.