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VÍDEO: Julian Assange em liberdade

O jornalista deixou o Reino Unido na segunda-feira, após passar um total de 1.901 dias na prisão de segurança máxima de Belmarsh.
VÍDEO: Julian Assange em liberdade

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado de uma prisão britânica, informou nesta terça-feira o WikiLeaks em sua conta no X.

Assange teria deixado a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã da segunda-feira, após chegar a um acordo com o Ministério Público dos EUA, no qual ele planeja admitir sua culpa. O Tribunal Superior de Londres liberou o jornalista sob fiança, após o que ele deixou o Reino Unido.

O WikiLeaks postou um vídeo de Assange no aeroporto de Sansted embarcando em um avião.

"Esse é o resultado de uma campanha global que alcançou organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até as Nações Unidas", afirma o comunicado do WikiLeaks no X.

A organização acrescenta que isso criou espaço para um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA que ainda não foi formalmente concluído.

Tentativa de acordo provisório com os EUA

Segundo so relatos divulgados pela mídia, Assange chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA no qual ele concorda em se declarar culpado de acusações criminais de conspiração para obter e divulgar documentos confidenciais de defesa nacional dos EUA.

O réu comparecerá ao tribunal na quarta-feira (26) em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, um território dos EUA no Pacífico, de acordo com uma carta enviada por um funcionário do Departamento de Justiça.

A NBC News diz que Assange deverá ser condenado a 62 meses de prisão. Considerando o tempo que o jornalista australiano já passou na prisão, isso significa que o fundador do WikiLeaks poderá ser libertado.

Caminho espinhoso para a liberdade

Assange foi mantido na Prisão Belmarsh de Londres em 2019, após o então presidente do Equador, Lenín Moreno, permitiu sua prisão na embaixada equatoriana em Londres, onde o jornalista australiano estava asilado por sete anos, desde junho de 2012.

Em junho de 2022, o Reino Unido aprovou a extradição de Assange para os EUA e, em maio, a Suprema Corte britânica decidiu que Assange tinha o direito de recorrer de sua extradição para os EUA.

Se tivesse sido extraditado, Assange poderia pegar até 175 anos de prisão por publicar centenas de milhares de páginas de documentos militares secretos e telegramas diplomáticos confidenciais sobre as atividades de Washington nas guerras do Iraque e do Afeganistão.