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O que se sabe até o momento sobre a libertação de Julian Assange

O fundador do WikiLeaks passou um total de 1.901 dias na prisão de segurança máxima de Belmash, em Londres.
O que se sabe até o momento sobre a libertação de Julian AssangeAP / Kirsty Wigglesworth

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado da prisão de segurança máxima de Belmash, em Londres, no Reino Unido, na segunda-feira, após chegar a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA.

Assange teria deixado a prisão na manhã de segunda-feira, depois de passar um total de 1.901 dias lá enquanto lutava contra a extradição para os EUA, onde poderia ser condenado a 175 anos de prisão por publicar centenas de milhares de páginas de documentos militares secretos e telegramas diplomáticos confidenciais sobre as atividades de Washington nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

O Tribunal Superior de Londres liberou o jornalista sob fiança, após o que ele deixou o Reino Unido.

Acordo provisório com os EUA

Segundo relatos da mídia, o jornalista australiano chegou a um acordo provisório com o Departamento de Justiça dos EUA, concordando em se declarar culpado de acusações criminais de conspiração para obter e divulgar documentos confidenciais de defesa nacional dos EUA.

Assange comparecerá ao tribunal na quarta-feira em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, um território dos EUA no Pacífico, segundo uma carta enviada por um funcionário do Departamento de Justiça.

Espera-se que Assange seja condenado a 62 meses. Considerando o tempo que ele já passou na prisão no Reino Unido, isso significa que o fundador do WikiLeaks poderá ser libertado.

Após os procedimentos judiciais, Assange deverá viajar para a Austrália, seu país de cidadania.

O caso Assange

Assange foi detido na prisão de Belmarsh, em Londres, em 2019, após o então presidente do Equador, Lenín Moreno, ter permitido sua prisão na Embaixada do Equador em Londres, onde o jornalista australiano estava asilado há sete anos, desde junho de 2012.

Em junho de 2022, o Reino Unido aprovou a extradição de Assange para os EUA. Em maio. A Suprema Corte britânica decidiu que Assange tinha o direito de recorrer de sua extradição para os EUA. Se tivesse sido extraditado para os EUA, Assange poderia pegar até 175 anos de prisão.