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Petro propõe cúpula latino-americana para combater melhor o "novo ator da violência" na região

O presidente colombiano afirmou que a reunião está sendo acordada com os presidentes do México e da Guatemala.
Petro propõe cúpula latino-americana para combater melhor o "novo ator da violência" na regiãoAP / Markus Schreiber

Durante sua participação no Fórum Econômico Mundial na cidade suíça de Davos, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou na terça-feira que Bogotá sediará uma nova cúpula de países latino-americanos para analisar a luta contra as drogas e a violência.

O líder colombiano garante que a realidade atual não é mais a mesma de algumas décadas atrás, pois as novas formas de crime são agora muito mais poderosas, e é por isso que deve haver uma discussão entre os países para enfrentar esses desafios.

De acordo com Petro, a próxima reunião em Bogotá está sendo marcada com os presidentes do México e da Guatemala, Andrés Manuel López Obrador e Bernardo Arévalo de León, respectivamente.

"Capacidade de barbárie"

Em declarações à mídia, o líder colombiano mencionou "um novo ator da violência continental", que - segundo ele - cresceu em toda a América Latina e deve ser combatido entre todos os países da região, incluindo os Estados Unidos: as "gangues multicriminosas" e as "gangues multinacionais".

De acordo com o presidente, esses grupos se espalharam por toda a América Latina, alcançando "capacidade de controle territorial, influência política, controle sobre a população em muitas regiões, capacidade de barbárie e morte".

O presidente listou os fatores por trás do surgimento e do fortalecimento desse novo fenômeno, começando com a "pobreza e a desigualdade" nos países da região, juntamente com os bloqueios econômicos, a política proibicionista e errônea dos EUA contra as drogas e a dolarização de alguns países, o que facilita a lavagem de dinheiro.

O problema pode ser resolvido com a "mudança da política antidrogas dos EUA", afirmou Petro, acrescentando que as medidas a serem tomadas são a construção de "mais equidade" em todos os países do continente, com muito mais inclusão social, cultural e educacional para melhorar as condições de vida da sociedade em geral.