Uma pesquisa divulgada recentemente pela Earth4All/Ipsos revelou que aproximadamente 69% dos cidadãos brasileiros apoiam a ideia de aumentar a tributação sobre as grandes fortunas detidas pelos "super-ricos". Esse nível de apoio no Brasil é equivalente à média do G20, que é de 68%.
Segundo a pesquisa, na Indonésia (86%), Turquia (78%), Reino Unido (77%) e Índia (74%), há um grande apoio à implementação de um imposto sobre a fortuna para os super-ricos. Na Arábia Saudita (54%) e na Argentina (54%), o apoio é menor, mas, mesmo assim, representa mais da metade dos entrevistados.
Nos Estados Unidos, França e Alemanha, aproximadamente dois terços dos entrevistados são a favor de um imposto sobre a fortuna para os ricos, com taxas de apoio de 67%, 67% e 68%, respectivamente.
"Os resultados da nossa pesquisa fornecem um mandato claro das pessoas nos países do G20 pesquisados: redistribuir a riqueza. Uma maior igualdade criará democracias mais fortes para impulsionar uma transformação justa para um planeta mais estável", declarou Owen Gaffney, co-líder da iniciativa Earth4All.
A Ipsos entrevistou 22.000 pessoas com idades entre 18 e 75 anos em 22 países. A pesquisa envolveu 18 nações do G20, além de 4 países fora do G20 (Áustria, Dinamarca, Quênia e Suécia). Todas as entrevistas foram realizadas online entre 5 de março de 2024 e 8 de abril de 2024.
Lula se mostrou favorável à medida
Recentemente, na cúpula do G7, o presidente brasileiro associou a taxação de grandes fortunas como um dos principais temas de relevância no que diz respeito ao enfrentamento da desigualdade.
Lula afirmou que "já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos", alertando que a concentração excessiva de renda pode representar "um risco à democracia".