Milhares de combatentes de vários grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio estão dispostos a se juntar ao movimento militar do Hezbollah do Líbano em seu confronto com Israel, caso haja uma nova escalada, segundo representantes desses grupos citados pela AP.
Segundo a agência, alguns desses grupos já se envolveram em ataques contra Israel e seus aliados desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. O chamado "eixo de resistência" defende uma "estratégia de unidade de áreas" e enfatiza que só deixará de lutar quando Tel Aviv encerrar sua ofensiva na Faixa de Gaza contra o movimento palestino.
"Estaremos [lutando] ombro a ombro com o Hezbollah se houver uma guerra em grande escala", disse à AP um representante de um grupo apoiado por Teerã no Iraque, sem entrar em detalhes. Segundo fontes dos grupos iraquianos, alguns de seus conselheiros já estão no Líbano.
Enquanto isso, um representante de um grupo libanês apoiado pelo Irã revelou que combatentes de vários grupos, incluindo Iraque, Afeganistão e Paquistão, bem como os rebeldes Houthi do Iêmen, poderiam chegar ao Líbano para participar de um conflito.
Dada a situação atual, Eran Etzion, ex-chefe de planejamento de políticas do Ministério das Relações Exteriores de Israel, não descarta a possibilidade de uma "guerra de várias frentes". Segundo o especialista, poderia haver uma intervenção dos houthis, das milícias iraquianas, bem como um "fluxo maciço de jihadistas de [lugares] como Afeganistão e Paquistão", não apenas em direção ao Líbano, mas também às áreas sírias que fazem fronteira com Israel.
- Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o movimento libanês Hezbollah tem confrontado Tel Aviv em apoio ao enclave palestino.