Ronny Jackson, que atuou como médico da Casa Branca durante os Governos de Barack Obama e Donald Trump, exigiu no domingo que o presidente Joe Biden se submetesse a exames toxicológicos antes e depois do primeiro debate presidencial contra Trump, marcado para 27 de junho.
"É realmente embaraçoso, como ex-médico da Casa Branca, ter que fazer algo assim, mas não temos escolha", afirmou o agora representante republicano do Texas em uma entrevista à Fox News. "Mas vou exigir, em nome de muitos milhões de americanos preocupados neste momento, que [Biden] se submeta a um teste de drogas antes e depois deste debate, procurando especificamente por drogas que melhoram o desempenho", explicou.
Jackson também sugeriu que o presidente dos Estados Unidos estava sob a influência de drogas durante seu discurso sobre o Estado da União em março, já que seu desempenho "não foi nada parecido com o que vimos no dia a dia nos últimos três anos e meio".
Enquanto isso, foi relatado que o ocupante da Casa Branca passará uma semana inteira no retiro presidencial de Camp David, em Maryland, para se preparar para o debate. Jackson acredita que parte do motivo da longa ausência do presidente é que seus assessores estão procurando as "doses certas" dos medicamentos que Biden supostamente tomará antes do evento.
"Eles precisam tratar sua cognição. Eles precisam dar a ele algo que o ajude a pensar com mais clareza. Eles precisam dar a ele algo para acordá-lo, para deixá-lo alerta", comentou o ex-médico da Casa Branca.
"Ele estará muito pirado"
Em comentários semelhantes, Trump sugeriu na semana passada que seu rival democrata poderia tomar algumas substâncias ilícitas para o debate presidencial: "Ele vai estar tão pirado, ele vai estar pirado", disse o ex-presidente durante um comício no estado de Wisconsin.
Biden, de 81 anos, é o presidente mais velho da história dos EUA. O chefe de Estado frequentemente se encontra em situações embaraçosas, confunde-se em eventos públicos e foi protagonista de vários tropeços e quedas inúmeras vezes, levantando dúvidas entre o público sobre sua capacidade de desempenhar suas funções ou mesmo de participar da próxima eleição presidencial.