País africano revoga permissão de uma empresa francesa para explorar mina de urânio

O Governo militar do Níger revogou a licença que permitia que a empresa estatal francesa Orano explorasse uma maiores minas de urânio do mundo, localizada no país africano, informou a imprensa francesa na quinta-feira.

De acordo com estimativas, a mina em questão, localizada no nordeste do Níger, possui 200 mil toneladas do metal, que é importante para a confecção de armas nucleares e para a geração de energia nuclear. 

"A Orano toma conhecimento da decisão das autoridades do Níger de retirar de sua subsidiária Imouraren SA a licença para trabalhar no depósito", informou a empresa, citada pelo portal France24, na quinta-feira. Anteriormente, Niamei havia anunciado a revisão das concessões de mineração no país, que responde por 15% a 17% do urânio utilizado pelos franceses para gerar eletricidade.

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A licença para as operações da Imouraren SA, que é 66,65% de propriedade da Orano e 33,35% da empresa estatal nigeriana, Sopanin, foi concedida em 2009. As escavações começaram em 2012, mas o desenvolvimento foi suspenso em 2015, alegadamente em razão da diminuição do preço do Urânio após o desastre de Fukushima em 2011.

A empresa francesa opera no Níger desde 1971. Com a suspensão da licença para exploração da mina em questão e o fechamento da Cominak em 2021, ela segue controlando uma outra mina de urânio: a Somair, na região norte de Arlit. O governo nigerino detém 33% da Somair, que iniciou suas operações há mais de cinco décadas.