Os EUA e a China retomaram as consultas sobre as questões nucleares semioficiais em março deste ano pela primeira vez em cinco anos, informou nesta sexta-feira a Reuters, citando dois delegados norte-americanos presentes nas negociações.
Segundo a agência, nas conversas participaram ex-funcionários e pesquisadores, pela parte norte-americana, e militares, acadêmicos e analistas, pela parte chinesa.
Por sua vez, a delegação do país asiático reiterou que, no caso de um conflito envolvendo Taiwan, a China não usaria armas nucleares contra a ilha,expressando confiança de que o país venceria o conflito sem o uso desse tipo de armas.
No entanto, fontes da agência observam que essas consultas não podem substituir as negociações formais, que exigem o pronunciamento autorizado dos participantes sobre as questões abordadas.
Anteriormente, o jornal britânico Financial Times revelou que o presidente chinês, Xi Jinping, teria alertado a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, sobre supostas provocações dos Estados Unidos para incitar a China a atacar Taiwan.
De acordo como jornal, em abril de 2023, em uma reunião com a chefe da CE, Xi disse que Washington estava tentando "enganar" Pequim para que atacasse a ilha, mas que o mandatário chinês não "morderia a isca".