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Cientistas sugerem que a IA poderia ajudar a detectar o câncer em um estágio inicial
Os pesquisadores treinaram um modelo de inteligência artificial para observar os padrões de metilação do DNA.
A inteligência artificial (IA) pode ser capaz de ajudar os médicos a detectar e diagnosticar uma ampla gama de cânceres em estágio inicial, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira na revista Biology Methods & Protocols.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade Imperial de Londres explicaram que o diagnóstico precoce do câncer requer a identificação de padrões de metilação do DNA, um processo que modifica algumas bases do DNA. Por meio desse processo, de acordo com os cientistas, também é possível observar as marcas associadas ao desenvolvimento precoce do câncer, "examinando quais bases de DNA são metiladas nos cânceres e em que extensão, em comparação com o tecido saudável".
Para isso, eles treinaram um modelo de IA para identificar 13 tipos diferentes de câncer, incluindo mama, fígado, pulmão e próstata, a partir de amostras de tecidos não cancerosos.
No entanto, para uso clínico, esse modelo precisaria de treinamento e testes adicionais em uma coleção mais diversificada de amostras de biópsia, disseram os cientistas.
"Métodos computacionais como esse modelo, por meio de melhor treinamento com dados mais variados e testes rigorosos na clínica, acabarão por fornecer modelos de IA que podem ajudar os médicos na detecção precoce do câncer", declarou o principal autor do estudo, Shamith Samarajiwa.