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Brasil pode faturar milhões vendendo óleo de cozinha usado aos EUA

O Itamaraty saudou as negociações e a "significativa oportunidade de mercado".
Brasil pode faturar milhões vendendo óleo de cozinha usado aos EUAImagem gerada por IA

Na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um comunicado manifestando sua "satisfação" diante da decisão dos EUA em aceitar o Certificado Sanitário Internacional Vegetal (CSIV) para a exportação de óleo de cozinha usado proveniente do Brasil.

Conforme comunicado na nota, o ''resíduo de óleos e gorduras vegetais usados em cozinhas e frituras na indústria alimentícia é aproveitado como matéria-prima para biocombustíveis, incluindo biodiesel e combustível de aviação sustentável''.

Trata-se de uma oportunidade significativa para o Brasil. Isso porque em 2023, os EUA importaram aproximadamente 1,4 milhão de toneladas métricas de UCO, totalizando US$ 1,66 bilhão (ou R$ 9,05 bilhões). Seus principais fornecedores foram a China, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Chile.

Potência regional 

Como parte da política de transição energética, posicionada como basilar para o Governo Lula, o Brasil tem registrado passos significativos no campo dos biocombustíveis. Em maio, o mandatário participou, junto do vice-presidente Geraldo Alckmin, da inauguração da maior planta industrial do mundo de etanol de segunda geração em Guariba, no estado de São Paulo.

"O que o mundo produz de etanol de segunda geração, aqui é produzido em 30 dias", declarou Alckmin na ocasião. "O maior complexo de produção de etanol de segunda geração do mundo inaugurado hoje representa bem a chamada NIB — programa Nova Indústria Brasil", acrescentou, em referência ao programa de subsídios do Governo Federal.