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Nova presidente da Petrobras: Exploração da Margem Equatorial é "fundamental"

Especialistas alertam que o Brasil pode precisar importar petróleo a partir de 2030 caso não avance em novas reservas
Nova presidente da Petrobras: Exploração da Margem Equatorial é "fundamental"Ricardo Stuckert / Presidência da República

Durante seu discurso de posse na quarta-feira, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a importância em explorar a Margem Equatorial Brasileira - uma região que se estende da região Norte à Nordeste apontada por especialistas como um possível "novo pré-sal"

fundamental desenvolver nossas fronteiras exploratórias, como da Margem Equatorial e do Sul do Brasil", afirmou. "Mas nós iremos desenvolvê-los com rigorosos padrões de segurança e em absoluta conformidade da legislação ambiental e com os processos de licenciamento".

Durante seu discurso na cerimônia, Alexandre Silveira, ministro das Minas e Energia, destacou que a exploração da região é uma questão de "soberania nacional e de responsabilidade" com o povo brasileiro, em aparente referência à segurança energética do Brasil.

Segundo especialistas, o país possui soberania energética apenas até o ano de 2030. De acordo com Júlio Moreira, diretor-executivo da Exploração e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a recusa em avançar em novas reservas significaria, na prática, que após essa data seria necessário importar petróleo. 

Críticas de ambientalistas

A exploração da região conta com o apoio do presidente Lula da Silva, que na semana passada, criticou a polêmica em torno da exploração e defendeu a viabilidade em realizá-la levando a questão ambiental "100% a sério"

Alguns segmentos ambientalistas, no entanto, são contrários, apontando para potenciais efeitos adversos sobre ecossistemas marinhos e terrestres. 

Em 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) negou o pedido da Petrobras de licença para perfurar um primeiro poço exploratório na costa do Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas. O Ministério do Meio Ambiente também trata do assunto com cautela, argumentando que ele "poderia ser contraditório com a redução da meta brasileira (de emissões de carbono).