Washington e Seul expressam preocupação com visita de Putin a Pyongyang

O mandatário russo encontra-se em sua primeira visita oficial à República Popular Democrática da Coreia em mais de 20 anos.

As autoridades da Chancelaria e do Ministério da Defesa da Coreia do Sul expressaram preocupação com a cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte, de acordo com um comunicado de imprensa que foi divulgado na terça-feira, e deve-se a uma reunião sobre diplomacia e questões de segurança com representantes chineses, realizada em 18 de junho.

"A nossa parte manifestou profunda preocupação […] enquanto a Coreia do Norte aumentou recentemente as tensões na Península Coreana através de uma série de provocações, incluindo mísseis balísticos, dispersão de balões de resíduos e interferência de GPS", diz a nota, observando que a visita poderia "minar a paz e a estabilidade na Península Coreana".

As autoridades sul-coreanas alertaram ainda que a viagem do presidente russo ao país asiático "não deve levar ao fortalecimento da cooperação militar ilegal" entre as duas potências.

Além disso, as tensões na Península Coreana, que poderiam ser causadas devido à cooperação militar entre Moscou e Pyongyang, de acordo com o comunicado, iriam contra os interesses da China.

Nesse contexto, o lado sul-coreano pediu à China que desempenhasse um papel construtivo a favor da "paz, estabilidade e desnuclearização" da Península Coreana.

Por sua vez, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que Washington também está preocupado com "o aprofundamento das relações entre os dois países" por causa do "impacto que isso terá sobre o povo ucraniano" e "sobre a segurança na Península Coreana".