Os EUA ficaram perplexos com a acusação de Benjamin Netanyahu de que o Governo de Joe Biden está retendo armas destinadas a Israel. "Sinceramente, não sabemos do que ele está falando", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em uma coletiva de imprensa na terça-feira.
Além de culpar Washington pela retenção de suprimentos de guerra, o primeiro-ministro israelense deu a entender, em um breve vídeo no mesmo dia, que o atraso nas remessas estava atrasando a ofensiva do país em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
"É inconcebível que nos últimos meses o Governo [Biden] estivesse retendo armas e munições de Israel", declarou Netanyahu, sem especificar a quais suprimentos específicos estava se referindo. "Dê-nos as ferramentas e terminaremos o trabalho muito mais rápido", acrescentou.
Desde o início da guerra de Israel contra o Hamas, os EUA retiveram apenas uma remessa de armas, ao mesmo tempo em que forneceram bilhões de dólares em suprimentos de guerra. A remessa, que incluía 3.500 bombas para jatos de combate, foi suspensa diante da crescente preocupação com os planos de Israel para uma operação terrestre em Rafah.
A porta-voz da Casa Branca disse que, além de um carregamento pausado, "todo o resto está em andamento". "Houve um carregamento específico de munições que foi suspenso, e vocês já nos ouviram falar sobre isso muitas vezes. Continuamos mantendo discussões construtivas com os israelenses para a entrega dessa remessa específica e não temos nenhuma atualização sobre isso. Não há outras pausas ou retenções", disse ela.