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Equador suspende acordo e passa a exigir vistos para cidadãos chineses

A medida, segundo o país sul-americano, foi tomada em função do aumento do fluxo migratório de pessoas do país asiático para o território equatoriano.

O Governo do Equador comunicou que, a partir desta terça-feira, está temporariamente suspenso o acordo com a China que elimina a exigência mútua de visto para portadores de passaportes comuns.

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores e Mobilidade Humana justificou a suspensão do acordo, assinado em 2016, mencionando o "aumento dos fluxos migratórios irregulares de cidadãos chineses que chegaram ao país". De acordo com a declaração, tais cidadãos "não deixaram o país dentro do período permitido de 90 dias" desde que entraram no território equatoriano.

O Ministério das Relações Exteriores levantou a possibilidade de que essas pessoas estejam usando o país andino "como ponto de partida para chegar a outros destinos no hemisfério", sem especificar quais.

O texto afirma que, nos últimos meses, houve um"aumento preocupante dos fluxos migratórios provenientes da China", embora não sejam fornecidos números. Também observa-se que em aproximadamente 50% das entradas, "as partidas não são registradas por meio de canais regulares e dentro dos prazos estabelecidos por lei", o que faria com que os cidadãos chineses estivessem "em uma situação migratória irregular", segundo Quito.

Até o momento, Pequim não comentou essa medida. Os dois países mantêm boas relações, e há pouco mais de um mês entrou em vigor o Tratado de Livre Comércio (TLC), assinado em 10 de maio de 2023 durante o governo de Guillermo Lasso.