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Kremlin: Prontidão das armas nucleares da OTAN é uma "escalada de tensão"
A declaração ocorre em meio às avaliações da possibilidade da OTAN de posicionar suas armas nucleares em uma condição de alerta, com o objetivo de dar um sinal aos inimigos da aliança militar.
A medida sobre a prontidão de mísseis nucleares da OTAN, declarada pelo chefe da aliança, Jens Stoltenberg, é avaliada por parte da Rússia como um "aumento de tensão", afirmou nesta segunda-feira o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, à mídia russa Izvestiya.
"O que o Sr. Stoltenberg disse claramente não se encaixa no contexto da mesma declaração que foi adotada no dia anterior [ao final da cúpula sobre a Ucrânia na Suíça], que não foi assinada por todos. Se não me engano, ele também afirmou que esse tipo de retórica é inadmissível. Isso nada mais é do que outra escalada de tensão", disse Peskov.
O porta-voz enfatizou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nunca fala sobre a questão das armas nucleares pela sua própria iniciativa, só quando responde às perguntas de jornalistas, inclusive estrangeiros, atribuindo muita atenção a esse tema.
Em seu discurso no dia 7 de junho durante a sessão plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF-2024), o mandatário russo reiterou que não deseja um conflito nuclear, enfatizando que tudo é regulado dentro da estrutura da doutrina nuclear, de acordo com a qual o uso de armas nucleares é possível precisamente no caso excepcional de uma ameaça à soberania e à integridade territorial do país.