Manifestantes defensores da legalização da maconha se reuniram no domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, para participar da "16ª Marcha da Maconha".
O lema deste ano foi "Construindo o Futuro sem Conflitos". Os manifestantes também se opuseram às aprovações da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das drogas e do Projeto de Lei (PL) "antiaborto".
Na quarta-feira, 12 de junho, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição PEC 45/2023, que veta o porte e a posse de substâncias entorpecentes em qualquer quantidade. No mesmo dia, o plenário também aprovou a urgência do PL 1904/2024, que equipara o aborto após as 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, inclusive em situações de estupro.
O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) esteve presente no evento. Em sua conta nas redes sociais, ele afirmou a necessidade de discutir urgentemente a legalização da planta.
Hoje eu me beneficio enormemente dessa planta e considero imprescindível que seja garantido o acesso de todas as pessoas. Precisamos debater com urgência a legalização da maconha.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) também esteve presente na marcha, e declarou que considera a proibição e a criminalização da posse e do consumo de maconha como um retrocesso para a sociedade.
Os manifestantes bloquearam uma das faixas da avenida Paulista. Embora essa faixa normalmente seja fechada para carros e aberta para pedestres aos domingos, a prefeitura de São Paulo decidiu mantê-la aberta ao tráfego de veículos.