O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou neste sábado que decidiu cancelar sua visita à chamada 'cúpula de paz da Ucrânia', que será realizada na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.
Ressaltando que a conferência é "basicamente um alinhamento ao lado da guerra" e que Bogotá "não concorda com isso", Petro declarou: "Decidi suspender minha visita e o convite para a conferência na Suíça porque a América Latina não quer mais guerra, o que ela quer é a construção da paz o mais rápido possível".
Petro enfatizou que seu país está disposto a participar de conferências que "se dediquem a buscar os caminhos da paz e não a construir blocos para a guerra". "Não somos a favor da guerra, somos a favor da paz", declarou.
Assim, a Colômbia se juntou a muitos outros países que se recusaram a participar da cúpula, que busca promover a chamada 'fórmula de paz ucraniana'. Inicialmente, o lado suíço enviou cerca de 160 convites, mas agora estima-se que 100 delegações, incluindo 57 chefes de Estado e de Governo, comparecerão.
A China e muitos países importantes do Sul Global, como o Brasil e o México, recusaram-se a participar da cúpula, alegando que não faz sentido discutir a possibilidade de encerrar o conflito sem a Rússia.
Vale ressaltar que, na sexta-feira, o presidente russo Vladimir Putin anunciou as condições que "realmente possibilitarão o fim da guerra na Ucrânia", destacando que, assim que Kiev as aceitar, Moscou estará pronta para negociar imediatamente. Por sua vez, as autoridades do regime de Kiev rejeitaram quase imediatamente a proposta.