Cuba "não gosta" da presença naval dos EUA perto de suas costas

A chegada de forças navais de um país ao território de outro "geralmente é o resultado de um convite, e esse não é o caso", enfatizou o Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

As autoridades cubanas foram informadas com antecedência sobre a visita de um submarino norte-americano à Baía de Guantánamo, que ocorreu em meio à chegada de um destacamento naval russo ao porto de Havana, disse o vice-ministro cubano das Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío Domínguez, ressaltando que não gostam desse comportamento de Washington.

"Estávamos cientes de sua presença, porque, de acordo com os procedimentos que temos seguido há anos, os EUA nos informaram com antecedência. Mas, evidentemente, não gostamos da presença em nosso território e do trânsito em nossas águas de uma embarcação dessa natureza, pertencente a uma potência que mantém uma política oficial e prática hostil contra Cuba", declarou.

Observou ainda que as visitas de forças navais a um país "geralmente são o resultado de um convite e este não é o caso". Nesse contexto, ressaltou "o caráter ilegal e inaceitável da ocupação" de Washington de parte do território cubano. "É uma ocupação militar ilegítima e é isso que faz a diferença", disse o vice-ministro.

Anteriormente, o Comando Sul dos EUA disse na quinta-feira que o USS Helena, um submarino de ataque rápido movido a energia nuclear, está fazendo uma "visita de rotina ao porto" durante sua viagem programada para a região.

Por sua vez, a AP informou que o submarino chegou à costa cubana "em uma demonstração de força enquanto uma frota de navios de guerra russos se reúne para exercícios militares planejados no Caribe".