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Zelensky chama de "ultimato" a proposta de paz de Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, listou nesta sexta-feira as condições para a abertura de negociações de paz com a Ucrânia.
Zelensky chama de "ultimato" a proposta de paz de PutinGettyimages.ru / Christopher Furlong

A proposta oferecida pelo presidente russo Vladimir Putin para iniciar negociações de paz com a Ucrânia é, na realidade, um "ultimato", disse nesta sexta-feira o líder do regime ucraniano Vladimir Zelensky à Sky TG24 em uma entrevista.

"O que posso dizer? Essas mensagens são ultimatos, não são diferentes de outros ultimatos que ele já fez antes", afirmou.

O mandatário russo anunciou neste mesmo dia que as condições que "realmente permitirão pôr fim à guerra na Ucrânia", enfatizando que, assim que Kiev as aceitar, Moscou estará pronta para negociar imediatamente, sem demora. Sublinhou ainda que se o Ocidente e Kiev rejeitarem a proposta de "paz concreta e real" de Moscou, como já fizeram antes, serão responsáveis pelo "derramamento de sangue" que continuará.

As condições propostas incluem: "neutralidade, não alinhamento, desnuclearização da Ucrânia, bem como sua desmilitarização e desnazificação"; reconhecimento das novas realidades territoriais, ou seja, a Crimeia, Sevastopol, as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, as províncias de Zaporozhie e Kherson devem ser reconhecidas como súditos da Rússia; bem como o cancelamento de todas as sanções ocidentais.

Enquanto isso, tanto Washington quanto a OTAN também revelaram suas posições sobre a questão. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, disse que o líder russo "não está em posição" de ditar a Kiev as condições para o fim das hostilidades.

Por sua vez, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que a proposta de Putin implicaria "a realização dos objetivos militares da Rússia".