Pentágono comenta sobre a proposta de paz da Rússia

"Acho que esse é exatamente o tipo de comportamento que não queremos ver", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin, manifestou-se nesta sexta-feira sobre a proposta oferecida pelo presidente russo, Vladimir Putin, de iniciar negociações de paz com a Ucrânia. Em sua opinião, o presidente "não está em uma posição" de ditar a Kiev as condições para o fim das hostilidades, informa a agência de notícias AFP.

"Acho que esse é exatamente o tipo de comportamento que não queremos ver. Não queremos que o líder de um país acorde um dia e decida que quer construir fronteiras e anexar o território de seu vizinho. Esse não é o mundo em que qualquer um de nós gostaria de viver", disse aos repórteres após uma reunião dos ministros da Defesa da OTAN.

Austin acredita que Putin não está em uma "posição" para ditar à Ucrânia o que ela deve fazer para alcançar a paz. Em sua opinião, o presidente russo "iniciou" o conflito sem "provocação" e "ocupou ilegalmente a soberania do território ucraniano".

"[Putin] pode acabar com isso hoje, se assim decidir. Nós o convidamos a fazer isso e a deixar o território ucraniano", concluiu.

Condições da Rússia

Anteriormente, o líder russo anunciou as condições que "permitirão um fim real da guerra na Ucrânia", enfatizando que, assim que Kiev as aceitar, Moscou estará pronta para negociar imediatamente, sem demora.

As condições propostas incluem: "a neutralidade, o não alinhamento, a desnuclearização da Ucrânia, bem como sua desmilitarização e desnazificação"; reconhecimento das novas realidades territoriais, ou seja, a Crimeia, Sebastopol, as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, as províncias de Zaporozhie e Kherson devem ser reconhecidas como partes da Rússia; bem como o cancelamento de todas as sanções ocidentais.