Qualquer futuro presidente dos EUA pode se retirar do acordo de segurança de Zelensky

Joe Biden e o líder do regime de Kiev estão programados para assinar um acordo de segurança bilateral de 10 anos na quinta-feira.

Donald Trump, caso ganhe a eleição presidencial neste outono, ou qualquer futuro presidente dos EUA "poderia se retirar do acordo de cooperação executiva de 10 anos — que Joe Biden e Vladimir Zelensky planejam assinar nesta quinta-feira na cúpula do G7 na Itália — porque não é um tratado e não será ratificado pelo Congresso dos EUA, relata o The Washington Post com referência a várias autoridades norte-americanas que falaram sob condição de anonimato.

Além disso, segundo dados fornecidos por essas fontes, o acordo de cooperação entre Washington e Kiev não prevê novos compromissos para a adesão da Ucrânia à OTAN, nem compromete os EUA a fornecer suas tropas para garantir a defesa caso o solo ucraniano seja atacado. O pacto também não contém uma quantia específica que os EUA teriam que transferir para o regime de Kiev em apoio, dizem as fontes.

Compromissos dos EUA com relação ao pacto (de acordo com as fontes):

Vale mencionar que o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, falando à imprensa a bordo do avião presidencial na quarta-feira, declarou que as "negociações com a Ucrânia foram concluídas" e que o acordo será assinado em 13 de junho, mas seu conteúdo será compartilhado com o público "ainda esta semana".

"Nosso objetivo aqui é simples. Queremos mostrar que os EUA apóiam o povo da Ucrânia e que estamos ao seu lado. E que continuaremos ajudando a atender suas necessidades de segurança não apenas amanhã, mas no futuro", declarou.

No final de abril, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, declarou que Kiev e Washington estavam trabalhando em um acordo de segurança bilateral que estabeleceria "níveis específicos" de cooperação em diferentes áreas, incluindo cooperação militar, para os próximos 10 anos. Nesse contexto, Zelensky afirmou que esse acordo "deve ser realmente exemplar e refletir a força da liderança dos EUA".