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ONU acusa Israel de "extermínio" e outros crimes contra a humanidade em Gaza

O novo relatório também responsabiliza o Hamas e seis outros grupos armados palestinos por cometerem "crimes de guerra" ao dirigirem intencionalmente ataques contra civis.
ONU acusa Israel de "extermínio" e outros crimes contra a humanidade em GazaGettyimages.ru / Ali Jadallah/Anadolu

As autoridades israelenses são responsáveis por uma série de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Gaza desde 7 de outubro, segundo decisão da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre os Territórios Palestinos Ocupados.

"Foram cometidos os crimes contra a humanidade de extermínio; perseguição baseada em gênero de homens e meninos palestinos; assassinato; deslocamento forçado; e tortura e tratamento desumano e cruel", disse a comissão em um novo relatório, a que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na próxima semana.

O documento ainda acusa o Hamas e seis outros grupos armados palestinos de cometerem "crimes de guerra" por terem intencionalmente dirigido ataques contra civis na ofensiva de 7 de outubro em Israel, que deixou mais de 1.200 mortos e centenas de sequestrados.

Por sua vez, a presidente da Comissão, Navi Pillay, afirmou que é imperativo que todos os participantes do conflito que cometeram crimes "sejam responsabilizados" para acabar com os ciclos de violência e garantir o cumprimento da lei internacional.

"Israel deve cessar imediatamente suas operações militares e ataques em Gaza, incluindo o ataque a Rafah, que matou centenas de civis e deslocou centenas de milhares de pessoas mais uma vez para locais inseguros, sem serviços básicos e ajuda humanitária", disse Pillay. "O Hamas e os grupos armados palestinos devem cessar imediatamente os ataques com foguetes e libertar todos os reféns. A tomada de reféns constitui um crime de guerra", acrescentou.

O número total de vítimas da agressão israelense desde o início do conflito subiu para 37.202 mortos, dos quais 75% são crianças, mulheres e idosos, e mais de 84.932 feridos, informou o Ministério da Saúde do enclave palestino em 12 de junho.