Argentina analisará "caso a caso" os pedidos de foragidos do 8/1

O porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, pediu para não antecipar decisões e garantiu que o país fornecerá ao Brasil as informações solicitadas, conforme exigido por lei.

O porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, disse que os casos dos fugitivos que estão sendo investigados ou acusados dos atentados em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023 e que estão em território argentino serão analisados caso a caso.

"Aqui, na Argentina, existe uma comissão chamada Comissão Nacional para Refugiados, que é quem efetivamente avalia a viabilidade jurídica e, claro, é de forma individualizada em cada caso", comentou o porta-voz em uma coletiva de imprensa.

Além disso, mencionou que "não é possível antecipar decisões" e que o país fornecerá ao Brasil as informações solicitadas, conforme exigido por lei. Adormi garantiu que "havia alguma dúvida sobre a questão dos refugiados".

Por sua vez, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, comentou no sábado que não sabia nada sobre o assunto. "Por enquanto, isso continua sendo uma propaganda, mas não um fato jurídico válido", afirmou ela.

Uma megaoperação

Na sexta-feira passada, a Polícia Federal brasileira lançou uma megaoperação para prender mais de 200 partidários do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, envolvidos nos ataques às sedes dos três poderes do Governo que não cumpriram as medidas cautelares impostas contra eles.

Segundo informações da imprensa na época, as autoridades brasileiras estavam planejando pedir ao Governo argentino a extradição de 65 apoiadores de Bolsonaro que fugiram para o país vizinho.

O jornal Folha de São Paulo afirma que a Polícia está trabalhando em uma lista para detalhar o número exato de brasileiros envolvidos no ataque que estão na Argentina.

A lista, segundo o veículo, será enviada ao Supremo Tribunal Federal, que fará os pedidos de extradição, onde a última palavra será dada ao presidente Javier Milei, aliado do ex-presidente Bolsonaro.