O porta-voz do escritório do alto Comissariadi das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Jeremy Laurence, disse nesta terça-feira que a operação realizada pelas forças israelenses para libertar reféns no campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, que matou centenas de civis, bem com a manutenção de reféns por "grupos armados palestinos" em áreas povoadas, podem ser considerados "crimes de guerra".
"A maneira pela qual a incursão foi realizada em uma área tão densamente povoada coloca seriamente em questão se as forças israelenses respeitaram os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução estabelecidos nas leis da guerra", afirmou durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
Laurence ainda expressou preocupação sobre "o fato de que s grupos armados palestinos continua, a manter reféns, a maioria deles civis, o que é proibido pelo direito internacional humanitário".
"Todas estas ações de ambas as partes podem constituir crimes de guerra", declarou.
As forças israelenses invadiram o campo de refugiados, no sábado, para resgatar quatro dos reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro. A operação deixou 274 mortos e quase 700 feridos, incluindo casos críticos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 37.164 pessoas foram mortas e outras 84.832 ficaram feridas desde a escalada do conflito de Israel contra o Hamas em Gaza.