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Hamas acolhe postiviamente a resolução do Conselho de Segurança da ONU que apoia proposta de cessar-fogo em Gaza
O movimento palestino garantiu sua cooperação na implementação do plano.
O grupo palestino Hamas saudou na segunda-feira a adoção de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apoia o "cessar-fogo permanente em Gaza, a retirada completa, a troca de prisioneiros, a reconstrução, o retorno dos deslocados às suas áreas de residência".
Na declaração o Hamas ainda afirmou estar pronto para "cooperar" com os mediadores na implementação dos princípios do plano, "que são consistentes com as demandas de nosso povo e da resistência".
"Nós, do Movimento Hamas, também enfatizamos a continuação de nosso esforço e luta com todo o nosso povo para conquistar seus direitos nacionais, sendo o principal deles derrotar a ocupação e estabelecer um Estado palestino independente e totalmente soberano, com Jerusalém como sua capital, juntamente com o direito de retorno e autodeterminação", acrescentou.
O Conselho de Segurança da ONU adotou anteriormente uma resolução, apresentado pelos EUA, que apoia uma proposta de cessar-fogo em Gaza. A iniciativa foi apoiada por 14 dos 15 membros do Conselho, enquanto a Rússia se absteve. Nenhum dos países se posicionou contra o documento.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzia, declarou que a Rússia tem dúvidas sobre a proposta dos EUA: "Sempre temos uma atitude positiva em relação a qualquer esforço diplomático no terreno que vise à reconciliação, cujos parâmetros sejam adequados a ambos os lados. Ao mesmo tempo, temos uma série de dúvidas sobre o projeto de resolução dos EUA, no qual o Conselho acolhe um acordo cujos contornos finais ainda são desconhecidos para todos, talvez com exceção dos mediadores", disse Nebenzia, alertando que a implementação de tal resolução sobre Gaza pode ficar apenas no papel.
O que a minuta inclui?
Na véspera da votação, o porta-voz da missão dos EUA na ONU, Nate Evans, pediu ao Conselho de Segurança que apoiasse a proposta, afirmando que a implementação do acordo permitiria um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e a retirada das forças israelenses das áreas povoadas.
O projeto também prevê um aumento imediato da assistência humanitária, a restauração dos serviços básicos e o retorno dos civis palestinos ao norte de Gaza, juntamente com um roteiro para um fim abrangente da crise e um plano de reconstrução plurianual com apoio internacional.
Evans disse que Israel já havia aceitado essa proposta e conclamou o Conselho de Segurança da ONU a "falar em uníssono" em apoio ao acordo proposto por Washington e "instar o Hamas a fazer o mesmo".
Um plano de três fases
O plano proposto consiste em três fases. A primeira fase exige um cessar-fogo de seis semanas e a retirada das Forças de Defesa de Israel (FDI) dos principais centros populacionais de Gaza em troca da libertação de mulheres, feridos e idosos reféns do Hamas, bem como de centenas de palestinos das prisões israelenses.
A segunda fase está planejada para libertar reféns vivos, incluindo soldados, enquanto as FDI se retiram do enclave palestino e o cessar-fogo continua.
A fase final envolverá o retorno dos corpos e o início da reconstrução em Gaza, juntamente com novos acordos para a normalização das relações entre Israel e seus vizinhos, incluindo a Arábia Saudita.