Claudia Sheinbaum reúne-se com López Obrador pela primeira vez desde sua vitória

A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, reuniu-se na segunda-feira com o atual mandatário do país, Andrés Manuel López Obrador, para discutir questões relacionadas à transferência de poder e algumas iniciativas de gestão.

Sheinbaum disse que a conversa abordou "o resultado histórico" obtido pela coalizão 'Sigamos Haciendo Historia' em 2 de junho, que inclui a maioria das prefeituras que estavam em disputa, as duas câmaras do Congresso e as presidências municipais, bem como o Governo da Cidade do México.

"Também conversamos sobre a transição. Vou nomear meu gabinete na próxima semana e, a partir daí, o processo formal de transição terá início", disse ela em uma coletiva de imprensa, antes de acrescentar que havia sido convidada por López Obrador para "acompanhá-lo em diferentes viagens para ver obras e outras ações do Governo".

Por sua vez, López Obrador descreveu a reunião como "nteressante e emocionante". "Somos amigos e, junto com milhões de compañeras e compañeros, de baixo para cima e entre todos nós, iniciamos a Quarta Transformação para o bem de nosso amado povo", diz parte da mensagem que ele publicou em sua conta no X.

Reformas

No entanto, o foco principal da reunião foi o pacote de reformas constitucionais que o Executivo enviará à próxima legislatura, que tomará posse em setembro.

Claudia Sheinbaum, a primeira mulher presidente do México

Com relação a isso, Sheinbaum afirmou que havia pedido ao presidente que incluísse "dois programas sociais". O primeiro refere-se ao "apoio às mulheres entre 60 e 64 anos antes da pensão universal para idosos" e o outro a um programa de bolsas de estudo universais para alunos de escolas públicas.

Acrescentou ainda reformas à lei que regulamenta as pensões dos professores, um veto à reeleição presidencial e uma "reforma constitucional para o judiciário". "Essas são as reformas que podem ser aprovadas para as primeiras reformas", comentou.

"Uma coisa com a qual concordamos é que, em todos os casos, deve haver uma ampla consulta nestes meses, antes da entrada do novo Congresso [...], que deve haver uma discussão muito ampla em todo o país", completou.