BRICS defendem adesão da Palestina à ONU
Os ministros de Relações Exteriores e Relações Internacionais do BRICS emitiram uma declaração conjunta na segunda-feira apoiando a adesão total da Palestina à ONU.
Ao mesmo tempo, eles "reiteraram seu compromisso inabalável" com a coexistência de dois Estados para a resolução do conflito entre Israel e o Hamas. O documento observa a importância do estabelecimento de "um Estado da Palestina soberano, independente e viável, de acordo com as fronteiras internacionalmente reconhecidas de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital".
"Escalada de violência sem precedentes"
O povo palestino deve poder viver "lado a lado com Israel em paz e segurança", enfatizaram os chanceleres. Nesse contexto, eles expressaram sua "grave preocupação com a deterioração da situação no território palestino ocupado, em particular com a escalada sem precedentes da violência na Faixa de Gaza, como resultado da operação militar israelense, que resultou em deslocamento em massa de civis, mortes e baixas, e destruição da infraestrutura civil".
O comunicado exige "a entrega imediata, segura e desimpedida de assistência humanitária em escala diretamente à população civil palestina em toda a Faixa de Gaza", bem como "um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado". Ele também pede "a libertação imediata e incondicional de todos os reféns" atualmente "mantidos ilegalmente em cativeiro".
O documento também enfatiza os ataques à cidade de Rafah, localizada ao sul do enclave, observando que tais atos "afetam diretamente a vida dos civis". Além disso, os ministros enfatizam que rejeitam "qualquer tentativa de deslocar, expulsar ou transferir à força o povo palestino de suas terras".
Em sua declaração, os chanceleres "expressaram séria preocupação com o contínuo e flagrante desrespeito de Israel às leis internacionais, à Carta das Nações Unidas, às resoluções das Nações Unidas e às ordens da Corte Internacional de Justiça".
- O número total de vítimas da agressão israelense desde o início do conflito em 7 de outubro subiu para 37.124 mortos e 84.712 feridos, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino em 10 de junho.