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Lavrov: "Os BRICS são movidos pelo vento da mudança"

Segundo o chanceler russo, "o papel do bloco na solução dos problemas globais só aumentará".
Lavrov: "Os BRICS são movidos pelo vento da mudança"Sputnik / Grigory Sysoev

O grupo BRICS está impulsionando mudanças no cenário internacional e isso é confirmado pelo crescimento constante do número de países que demonstram interesse no bloco, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na segunda-feira, na reunião de chanceleres dos países membros do BRICS e do BRICS+, que está sendo realizada na cidade russa de Nizhny Novgorod.

"Estou convencido de que os BRICS são movidos pelo vento da mudança, porque seu papel na solução dos problemas mundiais só aumentará. Isso também é confirmado pelo crescimento constante do número de países que demonstram interesse em participar do trabalho de nossa parceria", disse ele, acrescentando que o bloco defende os princípios de "cooperação igualitária, respeito mútuo, abertura, pragmatismo, solidariedade e consenso", entre outros.

"Os EUA e seus aliados não estão abandonando as tentativas de preservar seu domínio"

O chefe da diplomacia russa também observou que a transição para uma nova ordem mundial "levará a uma época histórica". Ao mesmo tempo, ele acrescentou que esse processo será "espinhoso", pois os EUA e seus aliados "não abandonam suas tentativas de preservar seu domínio e desacelerar os processos de formação de um mundo multipolar", usando ferramentas econômicas "como armas", bem como "não se esquivam de métodos de força, cujos exemplos são conhecidos por todos: Iugoslávia, Iraque, Líbia, Afeganistão, Síria, Ucrânia e outros países".

"Através da pressão de sanções e chantagem financeira, eles tentam influenciar a escolha de modelos de desenvolvimento e parceiros comerciais de estados soberanos".

Ele observou que os países ocidentais tentam impor regras e mecanismos de interação sobre eles, "substituindo o diálogo igualitário e honesto por coalizões estreitas que agem de forma fechada e se arrogam o direito de falar e agir em nome do mundo inteiro".