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Três presos em Paris por pichar caixões contra o envio de soldados para a Ucrânia

O 'coletivo de arte ucraniano Mriya' assumiu a responsabilidade pela ação de protesto.
Três presos em Paris por pichar caixões contra o envio de soldados para a UcrâniaAP / Oleg Cetinic

Três cidadãos da Moldávia foram presos em Paris na noite de sexta-feira por supostamente terem feito três pichações retratando um caixão com a inscrição 'soldados franceses na Ucrânia', informou a BFMTV.

Uma fonte policial disse ao veículo que "as suspeitas estão relacionadas a uma possível nova interferência estrangeira". No momento da prisão, os indivíduos estavam usando luvas de látex, tinta spray e estênceis para fazer o grafite.

Um grupo que se autodenomina 'coletivo de arte ucraniano Mriya' (sonho em ucraniano) reivindicou a responsabilidade pela ação, destacando que eles fizeram pichações semelhantes em outros lugares da capital francesa. "Essa ação foi uma resposta às ações inadequadas das autoridades francesas em relação aos nossos ativistas que colocaram caixões perto da Torre Eiffel", disseram os artistas à mídia.

Além disso, anunciaram que realizariam mais ações desse tipo, que descreveram como um "apelo à paz", especialmente em Paris. No início de junho, pessoas desconhecidas deixaram cinco caixões vazios com bandeiras francesas e inscrições 'Soldado francês na Ucrânia' perto da Torre Eiffel.

  • O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou várias vezes apossibilidade de as tropas ocidentais serem enviadas ao território ucraniano se o exército russo conseguir "romper a frente" e se Kiev fizer uma solicitação.
  • A sugestão do mandatário francês levantou preocupações entre vários líderes europeus, incluindo o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, que alertou que, se os soldados da OTAN entrarem na Ucrânia, haverá um confronto direto com a Rússia, o que "significaria a Terceira Guerra Mundial".
  • Ultimamente, o líder francês tem se concentrado na criação de uma missão para treinar soldados para o regime de Kiev. Macron afirmou que não há treinadores militares na Ucrânia no momento, embora o presidente russo, Vladimir Putin, tenha refutado essa afirmação à mídia estrangeira na terça-feira, alegando que "eles estão sofrendo baixas".