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Ministro do Gabinete de Guerra de Israel pede demissão
Benny Gantz acusa Netanyahu de "impedir uma vitória real".
O ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, anunciou neste domingo que está deixando o cargo e acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de "impedir uma vitória real" na guerra contra o movimento palestino Hamas em Gaza.
De acordo com Gantz, "vitória real" significa o retorno dos reféns sequestrados pelo Hamas, a derrubada do Hamas no enclave e a criação de uma aliança regional contra o Irã.
Ele também pediu ao primeiro-ministro que marcasse uma data para as eleições. "Para garantir uma vitória real, é apropriado que, no outono, um ano [após] o desastre, participemos de eleições que acabarão por estabelecer um Governo que ganhará a confiança do povo e será capaz de enfrentar os desafios", disse ele.
Ele também exigiu que o primeiro-ministro apoiasse o plano de três fases proposto pelo presidente dos EUA, Joe Biden, para um cessar-fogo em Gaza.
Netanyahu criticou a decisão de Gantz alegando que "agora não é hora de abandonar a campanha", mas de "unir forças" diante de uma "guerra existencial em várias frentes".
A saída de Gantz do Governo ocorre um dia após o prazo final do ultimato que ele deu a Netanyahu para adotar um plano de ação claro na Faixa de Gaza e após a operação no campo de refugiados palestinos de Nuseirat, que tinha como objetivo resgatar quatro reféns e deixou 274 mortos e 698 feridos.