Protestos em massa ocorreram na noite de sábado em Tel Aviv, capital de Israel, bem como em outras cidades do país. Milhares de manifestantes exigiram a renúncia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, novas eleições e um acordo de troca de prisioneiros na Faixa de Gaza.
Tel Aviv
Mais de 120.000 pessoas compareceram a uma manifestação no centro de Tel Aviv em apoio aos reféns israelenses sequestrados pelo Hamas há 100 dias, de acordo com o The Times of Israel. O protesto, organizado pelo Forum for Missing Families and Hostages (Fórum para Famílias e Reféns Desaparecidos), durará 24 horas.
Os oradores da manifestação incluíram parentes de reféns e alguns ex-reféns que foram libertados do cativeiro do Hamas como parte de uma trégua humanitária no final de novembro.
O presidente da França, Emmanuel Macron, enviou uma mensagem de vídeo aos presentes, instando-os a "repetir e retomar" as negociações sobre a libertação dos reféns "repetidas vezes".
Paralelamente à manifestação em apoio às famílias dos reféns, foi realizado um protesto antigovernamental no centro de Tel Aviv para exigir novas eleições em Israel. Nesse outro protesto, os participantes bloquearam brevemente a rodovia Ayalon, no centro de Tel Aviv, e tentaram bloquear outras estradas próximas.
Haifa
Outro protesto massivo contra o Governo também foi realizado na cidade israelense de Haifa, com milhares de pessoas exigindo eleições antecipadas.
Entre os manifestantes estava o ex-ministro da Defesa israelense Moshe Yaalon, que criticou o Governo por ainda não ter dado prioridade à questão da libertação dos reféns e por ainda não ter definido os objetivos da guerra, informa o Haaretz. Ele também pediu a realização de eleições no verão.
Outras cidades
Também foram realizados protestos em Jerusalém, bem como em Cesareia e Karkura, no norte de Israel, informou o jornal Haaretz.
Em Jerusalém, a polícia dispersou à força uma manifestação de várias dezenas de manifestantes contra a guerra em frente ao Consulado dos EUA.
Também houve uma manifestação em frente à residência particular de Netanyahu em Cesareia, exigindo sua renúncia.