A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, discursou no Fórum Econômico Internacional, nesta quinta-feira, em São Petersburgo.
Dilma destacou as projeções do FMI para 2028, apontando que os países do BRICS terão uma participação significativa de 37% na produção global, superando o G7, que ficará com 27%.
A ex-presidente ressaltou a instabilidade e fragilidade da dinâmica atual da globalização, indicando um cenário complexo e em constante mudança. "A dinâmica da globalização atual é bastante instável e frágil", afirmou.
Dilma também mencionou que países como Rússia, China e Índia estão alterando a dinâmica da globalização, sugerindo uma influência crescente dessas nações emergentes no cenário econômico mundial.
Ela enfatizou a importância de uma arquitetura financeira multipolar para um mundo mais equilibrado, apontando a concentração atual em alguns países como um desafio. "Atualmente, a arquitetura financeira está concentrada em alguns países que se beneficiam de seus frutos", apontou.
Dilma destacou as "profundas contradições" presentes na arquitetura financeira global, indicando desafios e discrepâncias que precisam ser endereçadas, e também apontou para o surgimento de conflitos entre interesses internacionais e domésticos dos países, sugerindo que há tensões decorrentes dessas divergências.
A ex-presidente do Brasil observou que os EUA têm utilizado o dólar como moeda de reserva internacional nos últimos anos, mas ressalta que decisões recentes baseadas em interesses internos têm prejudicado esse status, evidenciando mudanças no cenário econômico global. "Nos últimos 10 anos, vimos que os EUA usam o dólar como moeda de reserva internacional, embora decisões recentes tomadas com base em interesses internos tenham minado seu status", enfatizou.
Encontro com Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, manterá conversas separadas com vários líderes estrangeiros segundo o assessor do Kremlin, Yury Ushakov.
De acordo com Ushakov, o mandatário russo se reunirá com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento e ex-presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff.
"Está marcada uma reunião plenária para o dia 6 de junho, uma conversa entre o nosso presidente e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, está prevista no Palácio Constantine".
"As partes discutirão as questões da estratégia futura do banco, sua participação no financiamento de vários projetos, inclusive no território da Rússia", acrescentou.