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Putin explica como seria a resposta da Rússia aos países que fornecem armas de longo alcance a Kiev

A Rússia pode enviar suas armas de longo alcance para regiões de onde os países que fornecem armas para a Ucrânia poderiam ser atacados.
Putin explica como seria a resposta da Rússia aos países que fornecem armas de longo alcance a KievGettyimages.ru / Kremlin Press Office/Handout/Anadolu

O fornecimento de armas de alta precisão à Ucrânia por diferentes países da OTAN seria um ''tiro pela culatra'' para essas nações, disse o presidente russo Vladimir Putin.

"O que devemos fazer em resposta? Em primeiro lugar, é claro, melhoraremos nossos sistemas antiaéreos para destruí-los", disse ele em uma coletiva de imprensa com editores de agências de notícias internacionais.

"Em segundo lugar, estamos pensando que, se alguém considerar provável o fornecimento de tais armas para a zona de hostilidades visando realizar ataques ao nosso território e nos causar problemas, por que não teríamos o direito de fornecer nossas armas de um tipo semelhante para as regiões do mundo onde seriam realizados ataques a alvos sensíveis dos países que estão atacando a Rússia?", enfatizou Putin.

Em outras palavras, a resposta poderia ser assimétrica", disse ele.

O presidente esclareceu que os militares ucranianos não podem realizar ataques de forma independente com mísseis guiados de alta precisão e longo alcance, como o Storm Shadow britânico ou o ATACMS dos EUA.

"Eles são simplesmente tecnologicamente incapazes de fazer isso. Para fazer isso, é preciso ter reconhecimento por satélite, usá-lo - e é o reconhecimento por satélite dos EUA - para gerar uma missão de voo e alimentá-la no sistema de mísseis", explicou.

Ele observou que as forças de Kiev "só podem participar da escolha dos alvos, dizer qual deles é prioritário, mas não decidem se vão realizar um ataque ou não, porque as missões de voo são geradas por aqueles que forneceram essas armas". "Se for o ATACMS, é o Pentágono, se for o Storm Shadow, são os britânicos", disse.

O mandatário afirmou que tais ações dos países ocidentais continuarão a destruir as relações internacionais, que "já atingiram o auge da degradação", e a minar a segurança internacional.

"Se percebermos que esses países estão se engajando em uma guerra contra nós - e esse é o envolvimento direto deles na guerra contra a Rússia - então nos reservamos o direito de agir da mesma forma", enfatizou o chefe de Estado.

O presidente Putin realizou uma tradicional coletiva de imprensa para editores de agências de notícias internacionais como parte do 27º Fórum Econômico Internacional (SPIEF-2024), que está sendo realizado atualmente em São Petersburgo.